Britânica relata sofrer de hipersensibilidade a wi-fi e sinais de celular
Uma mulher de 63 anos acredita que sofre
de EHS (síndrome de intolerância hipersensível eletromagnética) – em
outras palavras, ela acha que os dispositivos eletrônicos fazem mal a
ela devido aos sinais de wi-fi e celular. As informações são do jornal
Daily Mail.
Por causa disso, Mary
Coales não pode ir a teatros, restaurantes, cinemas, aeroportos ou
parques. Além disso, quando ela tem uma consulta no hospital, tem que
esperar do lado de fora do prédio até o último momento enquanto idas ao
supermercado são feitas o mais rápido possível.
Até
uma simples caminhada diante de sua casa pode causar uma dor terrível
em sua boca. Por isso, ela sempre sai usando um traje especial feito de
prata e poliamida transparente. Ela insiste que essa é a única maneira
de se proteger da radiação causada pelo wi-fi e pelos sinais de celular.
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Ela
faz parte de um grupo de até 5% da população que acreditam ser afetados
por ondas eletromagnéticas. Eles afirmam ter alergia às ondas de rádio e
micro-ondas emitidas pelos aparelhos, por exemplo. Além disso, pessoas
que sofrem de EHS relatam sintomas que vão desde dor de cabeça e náuseas
a dificuldades e até mesmo paralisia respiratória. Alguns também temem
que a radiação cause câncer, doenças autoimunes e distúrbios
neurológicos a longo prazo.
Em entrevista ao jornal Daily Mail, Mary
Coales afirma que desenvolveu a hipersensibilidade a ondas
eletromagnéticas em 2012. Até então não acreditava na existência da
condição.
— A ideia de ficar doente
por causa da tecnologia que eu tinha usado durante anos sem previamente
ter quaisquer problemas é surreal. Mas a dor que eu sofri é muito real.
Na pior das hipóteses, senti como se estivesse como teaser dentro da
minha boca.
Ela explica que teve de
mudar toda a sua vida para evitar a exposição aos sinais de wi-fi e
celular. Por isso, ela quase não vai a lugares públicos. Ao evitar os
sinais de wi-fi e de celular, Mary acredita que reduziu
significativamente seus sintomas.
Sinal de perigo?
A
ideia de que os campos eletromagnéticos podem afetar nossa saúde foi
levantada pela rimeira vez nos anos 60, quando o médico americano Robert
O. Becker começou uma campanha contra os postes de eletricidade. Becker
acreditava que eles estavam prejudicando a saúde dos que viviam nas
proximidades.
Nos últimos anos, com o
avanço da indústria de telecomunicações, o medo de que o aumento da
radiação eletromagnética por causa de celulares e ondas wi-fi seja
prejudicial tem aumentado. Embora não haja provas concretas de ligação
entre a tecnologia móvel e doenças, estudos têm apontado efeitos
preocupantes.
Um estudo de 2011 descobriu que, na
presença de radiação wi-fi, a atividade cerebral dos estudantes do sexo
masculino foi reduzido em áreas associadas à atenção. Outra pesquisa
apresentada à Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em 2010,
relatou que os sinais de wi-fi atenuaram significativamente a atividade
cerebral em mulheres jovens quando elas estavam tentando repetir uma
série de números tinha sido lida a elas.
Isso
foi o suficiente para que a Assembleia Europeia pedisse restrições ao
wi-fi nas escolas e ao uso de telefones celulares por crianças.
A
Agência de Proteção à Saúde da Grã-Bretanha, no entanto, diz que não há
evidência científica que liga problemas de saúde com equipamentos
elétricos, embora reconheça que pessoas estejam relatando sintomas
reais.
Muitos experts estão céticos. O
professor Malcolm Sperrin, diretor no Royal Berkshire NHS Foundation
Trust, no Reino Unido, diz que não há evidência de uma correlação entre o
wi-fi e sinais de celular e a doença.
—
O nível de radiação é muito baixo – na maioria dos casos, quase
indetectável. A intensidade de radiação wi-fi é 100 mil vezes menor que a
de um forno de micro-ondas doméstico.
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